O urbanismo no pós guerra

Foto Maristela Pimentel – Muro de Berlim no East Side Gallery

Berlim foi muito destruída na Segunda Guerra Mundial, assim como toda a Alemanha e outros países que foram envolvidos nesse conflito. Ao contrário da primeira guerra, a segunda foi de ataques urbanos, por terra e por bombardeios aéreos, o que resultou na perda de quase a metade de seus edifícios e da infraestrutura da cidade.

Como consequência da guerra, a cidade ficou dividida por um muro por quase 29 anos e desde 1989, desde que esse muro foi derrubado e as duas Alemanhas foram transformadas numa só, iniciou-se a reconstrução de Berlim como capital do país. Quase tudo precisou ser reformado: vias, abastecimento de água e de energia, esgoto, transporte público, etc. As duas cidades precisaram ser rearticuladas em uma só para receber os milhões de metros quadrados de novos edifícios comerciais, habitacionais e culturais, assim como os serviços básicos para atender às demandas de um novo contingente populacional que continua chegando todos os anos para viver em Berlim.

Os vazios que a guerra produziu foram sendo preenchidos ao longo de 7 décadas com novas edificações, mas foi nos últimos 25 anos, que Berlim viveu o maior boom construtivo de sua existência. Arquitetos do mundo todo tiveram a oportunidade de projetar para a capital alemã. Os mais famosos como Norman Foster, Frank Gehry, David Chipperfield, Ioh Ming Pei projetaram e ainda projetam para a cidade.

As obras desse período recente convivem lado a lado com as de outras épocas: Do barroco do século 18 ao ecletismo do século 19, ou mesmo as obras modernistas de Oscar Niemeyer, Walter Gropius, Alvar Aalto e Le Corbusier.

A longa história da cidade (Berlim tem quase 800 anos) e as influências dos momentos trágicos e traumáticos, se por um lado significaram muita destruição e impacto negativo na vida da cidade, por outro também ofereceram chances de se tentar um novo caminho. Este destruir e reconstruir fizeram de Berlim um mosaico de grande diversidade de propostas arquitetônicas e urbanísticas.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *