Hansa Viertel – Um bairro modernista no coração de Berlim

BAIRRO HANSA (Hansa Viertel)
Bairro modernista de uso social projetado por arquitetos famosos na década de 1950.
 
 
O Bairro burguês nominado Hansa Viertel, em Berlim, na Alemanha, foi construído em 1874 por uma firma de empreendimentos imobiliários de Hamburgo. O nome é uma homenagem à cidade hanseática de Hamburgo, também na Alemanha, e por isso as ruas do bairro recebem nomes de bairros, lugares ou ruas de esta cidade.
Em torno de 90% de suas edificações foram destruídas na Segunda Guerra Mundial e a reconstrução do bairro se deu na forma de uma “Exposição Internacional da Construção”. As antigas casas burguesas de industriais e de intelectuais do século 19 foram substituídas por habitações de uso social, projetadas sob preceitos modernistas, internacionais, considerados os mais adequados para o pós-guerra.
As obras deveriam terminar em 1957 e fazerem parte da grande exposição internacional,que aconteceria de 6 de julho a 29 de Setembro daquele ano. E assim foi, com exceção de algumas obras, que não conseguiram concluir até esta data, inauguraram a maioria dos edifícios. Estes foram visitados por gentes de muitas partes do mundo, que vinham para ver as obras dos arquitetos modernistas mais famosos daquela época: Alvar Aalto, Walter Gropius, Oscar Niemeyer, Pierre Vago e muitos outros.
Por meio de um concurso onde participaram 53 arquitetos internacionais convidados a projetar 45 objetos, realizaram 35 dos projetos vencedores. Além dos arquitetos, tomaram parte também urbanistas, paisagistas e artistas plásticos nacionais e internacionais como o arquiteto e urbanista Hans Scharoun; os artistas plásticos Henry Moore e Hans Uhlmann e outros.
O bairro seguiu com certo rigor os preceitos da Carta de Atenas e tinha como objetivo se tornar um protótipo, um modelo a ser seguido pela arquitetura que viria a ser produzida durante a reconstrução de Berlim no pós-guerra.
Tratavam-se de habitações sociais, por isso destinadas a pessoas de baixa renda, o que era uma contante no pós-guerra. Os arquitetos, que já possuíam fama nos meios, se revoltaram com as mudanças que teriam sido feitas em seus projetos para atender aos parâmetros considerados apropriados para habitações para estes fins. Walter Gropius declarou para a imprensa, depois de suas visitas à sua obra “ Em nosso nome fizeram o que quiseram”. Niemeyer denuncia em um filme realizado sobre o bairro, que não respondia mais pelo seu projeto, dado a quantia de modificações que a sua obra sofreu sem sua autorização.
Bairro residencial – 5.710 Habitantes – 2016
Superfície do bairro: 530.000 m2
Desde 1995 patrimônio histórico
   

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