Conhecido internacionalmente, o arquiteto inglês David Chipperfield já construiu em várias cidades do mundo e fez algumas obras de grande relevância em Berlim, como a restauração do Neues Museum (museu Egípcio), a reforma da Neue Nationalgalerie(ainda em obras), projeto do Mies van der Röhe, edifícios de escritórios e residenciais.
Despois de formado ele trabalhou no escritório associado dos arquitetos Richard Rogers e Norman Foster e em seguida fundou seu próprio escritório, em 1985, em Londres. Depois disso ele abriu outros em Berlim (1998), Shangai (2005) e Milão (2006), que projetam edifícios culturais, moradias, serviços e projetos públicos como também elaboram masterplans. Fundou ainda a David Chipperfield Design, onde desenvolve produtos e móveis.
A primeira obra sua em Berlim, a que levou à instalação do seu escritório na cidade, foi a reforma do Neues Museum. Este museu, que abriga a coleção egípcia cuja principal vedete é a Nefertiti, foi intensamente bombardeado durante a segunda guerra mundial e ficou em ruínas por mais de 60 anos. Depois da reunificação das duas Alemanhas decidiram, então, pela sua recuperação. Foi aberto um concurso internacional no início dos anos de 1990 e o vencedor foi o arquiteto Italiano Giorgio Grassi. Em sua proposta, do meio das ruínas surgia uma enorme caixa de vidro, o que não agradou os seguimentos mais influentes e conservadores da cidade. Assim se realizou um segundo concurso e o vencedor foi o arquiteto David Chipperfield. Entre o concurso e inauguração da obra foram mais de 10 anos.
A linha condutora foi a interferência cuidadosa e, de acordo com o plano do arquiteto vencedor, a substância original foi preservada e deu continuidade à estrutura do edifício, a pré-determinada pelo arquiteto Stüler, no século 19.
O novo é reconhecido como novo, mas se encaixa bem com o antigo. Dependendo da natureza e extensão dos danos, foram dadas soluções individuais para cada compartimento do museu. Eles foram restaurados em diferentes graus, ou renovados, atualizados ou reconstruídos. Para qualquer consideração era dada prioridade à preservação dos elementos antigos. Para peças muito danificadas ou destruídas totalmente, foi preenchido o volume histórico, mas com linguagem moderna.
O resultado final é uma restauração de caráter bem atual, mas muito respeitosa com a essência do edifício do século 19.
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